Festival de curtas no Museu da Imagem e do Som, tem coragem?
No cinema, tinha um cara igualzinho o Ash sentado na nossa frente, de repente ele se levanta e vai deitar no chão.
Indie escroto. "Tyger" foi o melhor.
Sobe a Augusta, desce a Augusta, achamos lugar num boteco, bem na esquina com direito a pedintes infantis e um garçom que era A_Cara do Costinha. Cerveja, provolone, batata frita, cerveja de novo.
Onze horas, ô caraio, não dá mais tempo de eu voltar pra casa sozinha, mas no fundo eu não queria mesmo.
- Ah, dorme na casa do Dudu!
- Verdade, ô Dudu, vamo pra balada?
- Ah eu não posso, eu vou embora.
- Fica aí Ana, eu vou ficar.
- Mas Sonic, pra onde a gnt vai?
Sobe Augusta, vai da Paulista até a Minas Gerais, volta e passa na Fungoma. Uma casa nova, BEM ao lado tocava Eurythmics, a música que deu nome ao meu fotolog, claro, chamou minha atenção. A casa, uma construção antiga, com cara de CASA mesmo, cinza-escuro por fora, vermelho por dentro (dava pra ver pelas janelas abertas ainda aquele horario). Tinha um cara na porta, Sonic e eu curiosos:
- Ei, qual é o esquema aí?
- É uma casa de fetiche.
- Como assim? quanto é pra entrar?
- É assim: aqui a mulher manda. Se ela disser pra vc deitar no chao que ela quer pisar em cima, vc tem que obedecer. Homem paga 30 reais.
- E mulher? - aí fui eu que perguntei né, achei no minimo interessante...
- Mulher entra de graça.
Sonic e eu nos entreolhamos e preferimos voltar pra Rua Augusta.Achamos o Oasis Club, nova balada do Click.
- Ai Sonic, olha essas vespas!!
Lá dentro tocava Stray Cats
Click foi legal, eu, Dudu e Sonic tínhamos agora o nome na lista VIP.
Mas ainda tivemos que ficar um tempo ali na calçada em frente, esperando o Dudu e o resto do pessoal. Nisso eu vi o Alex passando. Corri atras:
-Vc não disse que iria trabalhar em outro lugar hoje?
- Garota de mel !! Não acredito!!!
-Vc é o unico que me chama assim.Te vejo lá dentro.
Quando eu entrei não tava mais tocando Stray Cats, tinha uns mods lá, rolaram Rolling Stones e Aretha Franklin na pista. Me joguei. A melhor parte de tudo foi encontrar a Naty lá dentro.E o fenomeno da voz rouca começa a piorar depois das 2:30 da manhã.
-Naty, eu te espero lá em cima, tou conversando com o Alex.
-Mel e se eu não aguentar e ficar com o Caio?
-É dificil encontrar quem a gente gosta numa festa sem querer. Por isso eu tou aqui. Quer saber o que eu acho? Beija sim Naty, pq não existe coisa mais maravilhosa do que ficar com quem a gnt gosta. Tou la em cima, vai lá depois.
-Mas eu não tenho coragem... eu namoro!
Subi.
Sonic e Dudu sinucavam. Eu entrei na parada. Tava ruinzinho o jogo, mas eu fiz umas bolas bonitas, fui até aplaudida por um bando de maconheiros, desses que ficam na beirada da mesa assistindo o jogo dos outros.
O menino da camiseta listrada e chapéu do Freddy achava mesmo que iria ficar comigo, ai Deus, dai-me paciencia. Quem sabe se eu ainda tivesse 17, hahahaha.
Cheguei em casa era 7:30 da manhã, ainda deu tempo de me despedir do Alex. Naty ficou numa padaria perto de casa, se chafurdando no cheeseburguer matinal e talvez pensando no beijo que deveria ter dado no Caio. Eu vim pra casa, tomei banho, arrumei o quarto e tomei um copo de suco de manga antes de dormir. Esperei o cabelo secar um pouco, enquanto via alguma coisa chata na TV, era seu aniversário...olhei pro copo de suco de manga e doeu um pouco aqui dentro.
Love,
M.
segunda-feira, agosto 28, 2006
sexta-feira, agosto 18, 2006
*Te dedico...*
E daí qdo eu saí do cursinho hoje às 20:30, fui descendo a avenida, mochila nas costas, torcendo pra não ser assaltada, a nossa música na minha cabeça.
Suspirei, tinha esquecido a carteira, com o dinheiro pro ôniubus, mas tudo bem, eu vou à pé, é perto. Assoviava a música naquela parte que vc falou que era difícil e era mesmo, meu fôlego não deu.
Acabei me distraindo com o movimento das prostitutas na rua. Uma delas se oferecia pra um taxista, um tiozinho barrigudo que preferia mil vezes estar em casa, vendo a novela - ele tinha pinta de noveleiro - a ter que comer uma infeliz daquela, com um cabelo mais abandonado que tudo, raiz crescida e usando uma jaqueta falsa da Nike que devia ser do amasio, provavelmente um traficante de meia-tigela. É incrível como a gente consegue semi-adivinhar certas coisas. Aposto como o taxista mora numa casa que tem cheiro de comida o tempo inteiro. Todo dia a casa dele tem cheiro de macarrão com frango. Garanto.
Outro dia, ali perto, eu vi um mendigo conversando com um cachorro e o infeliz do vira-lata prestava a maior atenção. Agora eu só fazia "hum-hum" pra cantarolar a nossa música, era o único esforço que eu conseguia fazer, tinha que manter a garganta ocupada antes que aquele nó me sufocasse de vez. Acho que tou me saindo cada vez melhor nesse lance de me fazer forte, não senti o gosto salgado nenhuma vez ainda...mas a minha vontade era mesmo a de chegar em ti mostrando meus olhos úmidos e vermelhos, te sacudir e gritar se tu não vês o quanto eu te gosto, te pedir pra mim só um pouquinho...
Recomponho-me.
Atravessei a rua, é acho que o tempo vai mudar, vc viu só esse vento?
Muita coisa muda.
E muitas outras continuam iguais, pateticamente iguais.
Love,
M.
Suspirei, tinha esquecido a carteira, com o dinheiro pro ôniubus, mas tudo bem, eu vou à pé, é perto. Assoviava a música naquela parte que vc falou que era difícil e era mesmo, meu fôlego não deu.
Acabei me distraindo com o movimento das prostitutas na rua. Uma delas se oferecia pra um taxista, um tiozinho barrigudo que preferia mil vezes estar em casa, vendo a novela - ele tinha pinta de noveleiro - a ter que comer uma infeliz daquela, com um cabelo mais abandonado que tudo, raiz crescida e usando uma jaqueta falsa da Nike que devia ser do amasio, provavelmente um traficante de meia-tigela. É incrível como a gente consegue semi-adivinhar certas coisas. Aposto como o taxista mora numa casa que tem cheiro de comida o tempo inteiro. Todo dia a casa dele tem cheiro de macarrão com frango. Garanto.
Outro dia, ali perto, eu vi um mendigo conversando com um cachorro e o infeliz do vira-lata prestava a maior atenção. Agora eu só fazia "hum-hum" pra cantarolar a nossa música, era o único esforço que eu conseguia fazer, tinha que manter a garganta ocupada antes que aquele nó me sufocasse de vez. Acho que tou me saindo cada vez melhor nesse lance de me fazer forte, não senti o gosto salgado nenhuma vez ainda...mas a minha vontade era mesmo a de chegar em ti mostrando meus olhos úmidos e vermelhos, te sacudir e gritar se tu não vês o quanto eu te gosto, te pedir pra mim só um pouquinho...
Recomponho-me.
Atravessei a rua, é acho que o tempo vai mudar, vc viu só esse vento?
Muita coisa muda.
E muitas outras continuam iguais, pateticamente iguais.
Love,
M.
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