terça-feira, maio 23, 2006

*espermograma*

Esses dias eu tava colhendo lá no Marylab e me aparece um zé roela pra colher um espermograma:

Eu - Bom Dia seu Zé Roela, o senhor já conhece esse exame?
Zé Roela - É...eu acho que conheço.
Eu - Bom então eu vou explicar: o senhor vai colher todo esperma dentro desse potinho tá bom?
ZR - Tá bom.
Eu - Mas antes eu preciso fazer duas perguntas: o senhor já fez vazectomia?
ZR - Ahn...(pensando)
Eu - É aquela operação pra não ter mais filhos.
ZR - Não, não senhora.
Eu - Faz quantos dias que o senhor está em abstinência sexual?
ZR - O que???
Eu - Quantos dias o senhor está sem fazer sexo? ¬¬
ZR - ah, uns 5 dias...
Eu - Então tá, seu Zé Roela, toma aqui o potinho e o banheiro é a segunda porta do corredor.

E lá vai o seu Zé Roela pro banheiro.Como eu sei que isso vai demorar um pouco, eu chamo outro paciente pra ir adiantando a coleta. É uma criança e o pai veio trazer. SEMPRE que colho sangue de uma criança eu antes converso, faço amizade com meu mini-paciente, explico o que vai acontecer, seguro no colo e brinco(mesmo sem ganhar nenhum centavo a mais por isso, eu faço porque criança não entende e os pais sempre estão nervosos demais).OK,criança calma, pai calmo, já convenci a criança a deixar eu furar.Estou preparando o material e o seu Zé Roela bate na porta.

ZR - Pronto "dotora", tá aqui tudinho! - E me mostra o potinho cheio de urina.
Eu (jogando o potinho fora e dando outro novo) - Não, seu Zé Roela, não é urina, é ESPERMA!
Ele - Ah, não é isso não?
Eu - Não.
ZR - Então já volto.

Eu me volto pro pai da criança com um sorriso amarelo de quem pede desculpa e colho o sangue do bebê que começa a chorar horrores na minha orelha.*Ai*.Feito o curativo e tentando a reconciliação com a criança, o seu Zé Roela bate de novo na minha porta:

ZR - É isso né moça?E me mostra o potinho com um cocôzinho dentro, do tamanho de uma azeitona.
Eu - não seu Zé Roela - e jogo o potinho fora, dando outro novo - é esperma ES-PER-MA!!
ZR - Olha dona 'dotora' num sei o que é isso não.
Eu olho pro pai da criança que está assistindo o show de horror e se segurando pra não morrer de rir.
Eu - seu Zé Roela, escuta, o senhor não sabe o que é esperma,espermatozóide, ejaculação??
ZR - Não.
Tenho ímpetos de falar um palavrão.E nem posso porque estou na presença de outro paciente.
Eu (empurrando seu Zé Roela em direção ao corredor e falando baixinho)- O senhor tem que gozar no potinho entendeu?
ZR - Ah, então era isso??
* * *
Depois eu parei e fiquei pensando, tadjinho do seu zé roela, deve ter sofrido tanto pra fazer aquele cocozinho minusculo, sem vontade nenhuma... HAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHHAHAHAHAH, QUE BURRO, DÁ ZERO PRA ELE!!!

* * *

Love,


M.

*urocultura vs. sanidade mental*

Hoje de manhã, uma coleta pra urocultura:

Eu chamo o paciente (um orelha seca, como sempre) e explico:

- É o seguinte, vc vai pegar essa gaze molhada com sabão antisséptico e vai limpar a glande e a entrada da uretra (percebo a careta e troco "glande" por 'cabeçado pênis' e "uretra" por 'buraco onde sai o xixi')...depois pega a gaze seca e enxuga. Faz o primeiro jato da urina no vaso e colhe o resto no potinho.
Orelha Seca - Ahhh... (fazendo que entendeu, com cara de quem não entendeu)

E vai pro banheiro.

2 minutos e ele volta:

OS - Enfermeira, eu limpo com qual mesmo?
Eu - Limpa com o molhado, enxuga com o seco e faz o xixi.
OS - Ahnnn (indo pro banheiro e coçando a cabeça)

2 minutos depois de novo:

OS - Enfermeira, é pra limpar antes ou depois de fazer o xixi?
Eu - Antes né? (deu vontade de responder: depois vc balança, sua anta,até eu que não tenho pinto sei disso!!!)

Eu mereço.Vou mandar a conta do psiquiatra e a conta da farmácia pra minha chefe.
Mas no fundo, eu me divirto.

* * *
Love,


Mel.

domingo, maio 21, 2006

The Dog

- Doutora, a senhora já viu o cachorrinho que o pessoal aí da frente tem?
- Qual, o basset?
- Isso, daquele pessoal que dá assistência técnica, do outro lado da rua. Hoje cedo eles estavam com o cachorro aí na frente.
- Ahn...
* * *
- Doutora, eu posso ter um cachorro?
- Pode ué, se sua mãe deixar...vc tem quintal em casa?
- Ah eu tenho sim, mas a minha mãe não deixa
- Que pena!
- A gente também tem um quintal aqui né?
- O que vc tá querendo dizer com isso Melissa?
- Tou querendo dizer que como a gente tem um quintal aqui, também poderíamos ter um cachorro! eu cuido dele!
- Melissa, o coitado do cachorro vai ficar sem ninguém no final de semana?
- Não doutora, no final de semana eu levo ele pra minha casa e na segunda-feira eu trago de volta.
- Mas e a ração? E o veterinário?
- Eu compro e eu pago.
- Você tá falando sério?
- Tou doutora, a senhora deixa?
- Não!
- Mas porque não?
- Pq isso aqui é um laboratório, Melissa, isso é um estabelecimento de saúde, como é que vc quer ter um cachorro aqui? E se a vigilância sanitária vier aqui?
- Eu escondo ele.
- Eu juro que às vezes penso que vc é doida.

Minha chefe usa as mesmas frases que a minha mãe.
Não sei pq.


* * *

Love,


M.

domingo, maio 14, 2006

Eu e essa minha mania de ouvir rádio AM.
Hj tava ouvindo uma rádio onde o locutor tava fazendo propaganda de uma bala que serve pra curar qualquer tipo de mal respiratório. Daí eles ligam na casa de alguém que já comprou a tal bala e entrevistam a pessoa...ai...segue o drama:

locutor: - Então pra quem vc comprou a bala?
Cliente: - Pro meu bebê, foram meses sofrendo com a rinite alergica dele.
locutor: - Ah, vc dissolvia e dava na mamadeira? (Não, imbecil, ela dava a bala inteira pra criança engasgar)
Cliente: - Isso, olha fulano, era um sufoco, toda hora ter que levar o menino no hospital.
locutor: - É dureza...
Cliente: - Entupia o nariz dele e o bichinho ainda não sabe respirar pela boquinha...

Eu: - NÃO SABE RESPIRAR PELA BOCA!!!!MEU DEUS!!!E SE ELA NÃO PERCEBESSE A TEMPO QUE A CRIANÇA ESTAVA COM O NARIZ ENTUPIDO???
Fátima: - Tsc tsc...

Rádio AM rules.

* * *

Love,


M.

domingo, maio 07, 2006

Na época eu ainda ia até a sala de espera chamar paciente por paciente. Hoje eu 'grito' lá da sala de coleta mesmo, pode parecer mal educado, mas os médicos fazem assim e as pessoas os veneram, não é mesmo? E naquele laboratório chique que eu não vou falar o nome mas todo mundo sabe qual é, tu tem uma senha numérica, igual àquelas da Caixa Econômica, e vários painéis na sala de espera, um painel pra coleta, um painel pra fazer a ficha, um painel pra retirar o resultado...legal que não tem nenhuma placa avisando qual é qual, eu mesma custei a entender, mas enfim o assunto não é esse.
O que acontece é que toda vez que eu ia até a sala de espera chamar algum paciente, uma senhora fazia menção de falar comigo, mas o rapaz que a acompanhava a fazia sentar-se novamente. Nem dei bola, afinal minha sala de espera tava lotada.
- Fulano de tal.
- Sou eu. - e levanta o rapaz que estava em companhia da senhora que eu mencionei aí em cima. Ela continuou sentada.

Ele me seguiu pelo corredor e sentou-se na minha 'cadeira de tortura' hahahahahahahahahah....esticou o braço e eu passei o algodão com alcool. Já percebeu o quanto o algodão com alcool é mais apavorante do que a propria agulhada? Às vezes eu penso que tomar injeção ou tirar sangue seria bem menos traumatizante se não fosse obrigatória a limpeza com o bendito algodão gelado. Seringa de 20ml, a maior da minha gaveta. O médico do cara pediu tudo quanto é exame que existe nesse mundo. Foi fácil, a veia dele parecia um cano da SABESP subcutâneo, eu até puxei assunto, pra tentar distrair o paciente que estava visivelmente nervoso e além de tudo era bonitão, na ficha tava escrito que tinha 29 anos, mas aparentava menos, um porte atlético, altão sabe...então...
- Aperta aqui enquanto eu coloco teu sangue no tubinho - eu pedindo pra que ele pressionasse o pedaço de algodão seco que coloquei sobre o furinho feito com a agulha.
...
- Enfermeira...
- O que?
- Eu posso deitar? - nisso eu me viro e o cara tá ficando verde. Termino rapidamente de tampar os tubinhos e vou tirar umas malditas lâmpadas fluorescentes de cima da maca (quem foi o cretino que botou isso aqui?)...

PLOFT!!!

Tá lá o Zé Bonitão estatelado no chão, com os olhos abertos feito morto de filme americano. Legal foi que ele caiu com as costas na porta da sala de coleta, que abre pra dentro. Eu já tive o desprazer de ver outra pessoa desmaiar dessa maneira na minha frente e pior, foi a minha mãe. E enfermeira que estava comigo nesse dia me disse:
- Qdo um paciente seu desmaiar, não precisa se assustar, é só uma queda de pressão, apenas fique atenta na respiração. O paciente geralmente volta ao normal em alguns minutos.
E foi verdade, minha mãe acordou em menos de um minuto.

Experiente como sou, adivinha qual foi o socorro que prestei ao desfalecido? Nenhum, óbvio. Apenas fiquei ali, agachada em frente sua cabeça, soprando e abanando sua cara tosca e juro que nesse momento segurei um riso. Ao mesmo tempo, barulho de correria no corredor, a maçaneta girando mas a porta não abria, lembra que eu disse que o cara caiu bem rente à porta?
- Meu filhooo!! Meu filhooo!! - a mãe do cara gritava lá fora como se eu tivesse botado o infeliz numa cadeira eletrica - Abre essa porta!!! - e forçava a porta, que batia nas costas, na nuca e na cabeça dele. tum tum tum.
Nessa hora eu ja tava chorando de rir nem conseguia mais soprar a cara dele, só tive forças pra dizer:
- Paaaaaara dona! A senhora vai machuca-lo!

Nisso, como era de se esperar, o paciente começou a voltar, veio se arrastando pra cima da maca...abre-se a porta, e a visão que eu tenho me faz de novo segurar o riso: a mãe pálida de susto, minha chefe com cara de "what a fuck??" e o André (nosso recepcionista) parecendo urubu em cima de carniça. E eu ali, no melhor estilo enfermeira bem comportada:
- Ele desmaiou, mas já está tudo sob controle. - e exibo meu sorriso mais simpático do mundo.
- Olha moça, eu ia falar com vc antes, mas meu filho Robertinho não deixou. Ele tem dessas coisas, fica com vergonha quando a enfermeria é novinha assim sabe - e me aponta o dedo com um ar de Odette Roittman, como se ser nova fosse um defeito meu, e continua a humilhação de Robertinho - Pois bem 'filhão' essa vergonha foi pior, não foi???

É Robertinho. Se vc tivesse avisado, não teria batido a cabeça no chão. Idiota.

***
Love,


M.

sábado, maio 06, 2006

só pra constar: eu ODEIO colher papanicolaou óquei?
****
Hoje fiz plantão:

- Ah, papanicolaou, é ruim fazer este exame né? - comento eu enqto coloco as luvas, pensando no momento inevitável de encarara paciente 'a fundo' se é que vc me entende...
- eu não sei não, eu nunca colhi... - ela diz enqto abaixa as calças, meio sem jeito...
- bem então eu vou te explicar - e segue toda uma explicação técnica com linguagem chula sobre como eu iria...bem, vc sabe. Se não souber, um dia eu te explico pelo MSN, mas já adianto que é nojento

A paciente não fez cara de NADA qdo eu terminei a explicação. Comecei a achar que ou ela era surda, ou ela ñ entendeu nada, mesmo eu tendo usado palavras como "enfiar", "raspar" e "não dói mas incomoda".Enfim, falei então que esse tipo de exame tem que ser feito de ano em ano em toda mulher sexualmente ativa. Perguntei então desde que idade ela...bem, vc sabe...

- Eu sou virgem.
- Tá dispensada. O exame de sangue fica pronto em 5 dias.
- Mas e ...
- Não meu benzinho, não pode.


Mas que caralho!!!!! Já pensou se eu não pergunto??? Já pensou se numa dessas eu vou colhendo e a SONSA não sabe o que é um papanicolaou??? Descabaçada por um espéculo...não sei se dou risada ou se choro. Bayana, eu mereço.



Love,


M.

quinta-feira, maio 04, 2006

Hoje eu escutei uma historia no rádio assim:

"Eu e Augusto nos conhecemos desde a adolescência, começamos a namorar quando eu tinha apenas 17 anos. O namoro era sério, eu era completamente apaixonada por ele. Éramos um casal perfeito, pois nossas idéias eram as mesmas, os gostos, as músicas...tanto que, no meu aniversário de 18 anos, Augusto me levou ali, debaixo da árvore onde costumávamos nos sentar todas as tardes, sim, aquela árvore onde com o canivete escrevemos as nossas iniciais no começo do namoro. Foi ali que ele me pediu em casamento. Que dia feliz!
Eu aceitei obviamente e logo o pedido foi oficializado aos meus pais.
Nos casamos um ano depois e fomos morar com minha sogra. (se a historia fosse minha, com certeza aqui ela mudaria de rumo, mas eu só tou contando o que eu escutei) - mas aquilo não era pra gente, afinal quem casa, quer casa. Vendo a situação, Augusto alugou uma casinha pequena e assim que nos mudamos, ele perdeu o emprego. Pensei que estivessemos arruinados agora, mas com o dinheiro que recebeu, ele comprou um carro e começou a trabalhar como taxista. No final, acabou sendo melhor, pois a renda como taxista era maior e nossos gastos cresceriam bastante dali pra frente, pois eu estava grávida. Sim, grávida! Augusto ficou radiante quando lhe dei a notícia, e em dezembro de 1982 nascia Lucas, nosso unico filho.
Ele pegou a criança no colo e gritava, urrava pros 4 cantos que aquele era o dia mais feliz de sua vida. Que ele era um homem feliz e realizado, que tinha a melhor mulher, a melhor vida (e tudo aquilo que os recém-papitos patéticos dizem, tsc tsc... tááá isso foi por minha conta)...bem, voltando...
Eu era uma esposa e uma mãe muito dedicada, tudo sempre estava na mais perfeita ordem dentro de nossa casa, nosso filho sempre arrumado e bem educado. Augusto não tinha o que reclamar de mim, mas um dia eu senti um cheiro diferente em sua boca. Sei lá, parecia um perfume desconhecido em sua pele, porém tratei de tirar aquela ideia da cabeça, acho que era ciume bobo, coisa de quem é feliz e tem medo de perder.
Porém Augusto mudou seu comportamento, atrasava-se com frequencia para o jantar e sempre com aquele cheiro estranho...pensei então que deveria lhe fazer uma surpresa: naquele mês seria seu aniversário e eu lhe faria um belo jantar, bem romantico.
Me arrumei toda neste dia, deixei o Lucas com meus pais, pois queria que fosse um momento único, o momento da reconquista, momento de olhar nos olhos e nada dizer. Isso realmente teria sido fantástico SE Augusto tivesse aparecido. Esperei, esperei, esperei e nada. Começaram a passar pela minha cabeça as maiores desgraças do mundo, imaginei meu marido envolvido em algum acidente, ou sequestrado, ou...Deus do céu, eu não podia ficar ali parada enquanto ele estava em apuros!
Fui correndo feito doida, às 4 da manhã até a casa dos meus pais. Chorando desesperada, acordei meus pais e contei o ocorrido. Meu pai me disse que eu deveria me acalmar, que parasse com aquele escândalo e que meu marido estava na casa da Joelma (não, não era a do Calypso) e que se eu duvidava da palavra dele, era só ir até a casa dela...o bairro inteiro sabia...
Augusto apareceu apenas no outro dia, de manhã bem cedo. Uma cara de desconcertado, vi ali minha vida, naqueles olhos que não ousavam me encarar. Ao invés de repudia-lo, de brigar, fiz o contrário: abracei meu marido com toda minha força e num soluço ainda apaixonado disse que mulher nenhuma iria nos separar, que eu não iria permitir que alguém arruinasse minha felicidade. Ele me pediu desculpas, disse que foi uma falha enorme, mas que queria muito reconstruir nossa felicidade a partir daquele momento. E fomos ainda mais felizes pelos anos que se seguiram...
Nosso filho crescia e só nos dava alegria, nossa familia forte, unida, ele trabalhando cada vez mais dedicado ao lar e eu também, já acostumada aos horarios dele, deixava sempre o jantar preparado às 7 da noite, pois era costume de Augusto jantar assim que colocava os pés em casa.
Porém um dia, sem mais nem menos, meu marido se atrasou. Pensei que talvez tivesse pegado um cliente de ultima hora, uma corrida longa quem sabe...fato é que já eram onze da noite e meu marido ainda não havia aparecido. Liguei então no ponto de táxi, onde outros colegas poderiam me dar noticias do que poderia ter acontecido. Disseram apenas que Augusto deixou o ponto às 18:45, assim como fazia todos os dias e não estava fazendo nenhuma corrida e sim indo direto pra casa.
Meu mundo desabou pela segunda vez. Sim, de novo ele caiu na tentação, mas agora eu não perdoarei, seja Joelma, seja a vagabunda que for, não quero mais saber! Amanhã cedo qdo ele resolver aparecer, direi-lhe tudo o que está entalado em minha garganta! E nesta noite fui dormir chorando.
De manhã cedo, como era de se esperar, um carro estacionou em frente nossa casa. Ah, mas eu ja sabia exatamente o que dizer ao safado do Augusto! Mas tocaram a campainha...será que alem de tudo ele perdeu as chaves?
Eram policiais. Perguntaram se eu conhecia Augusto e eu respondi que sim, um pouco assustada. E eles não tiveram dó ao pronunciar tais palavras:
-Seu marido morreu ontem, num acidente de carro, por favor a senhora nos acompanhe até a delegacia e ao IML para fazer o reconhecimento e pegar os pertences do falecido. Sentimos muito."

Rádio AM serve pra isso.


Love,

M.